25 de ago. de 2009

Fuga

Reli reflete e constata que em nenhum lugar está bom. Ano passado morava em seu apartamento próprio que reformou e decorou do jeitinho que sonhava. Se tornou opressor. Reli foi ficando triste. Se sentia só mas não queria a companhia da maioria das pessoas que conhecia. Então, nessa época, Reli chegou a conclusão que estava na hora de se abrir a um amor. Não como sempre fora, defendida, mas de verdade, genuinamente. So escrevendo Reli percebe que a fuga de si mesmo se fazia presente. Na mesma época pegou uma gripe forte, com febre e um "ronronar" no peito. Reli reflete sobre a sincronicidade dos acontecimentos. Esse "ronronar" ainda a persegue, e agora tem um nome: asma. Seguindo o idioma felino, Reli trouxe pra casa uma gatinha de uns cinco meses que passara a noite miando na chuva na portaria de seu prédio. Veio a calhar. Se sentia só, queria se abrir a um amor, e porque não começar o exercício da convivência com um animalzinho? Sincronias a parte, apareceu alguem em sua vida. Recém separado, dois filhos e sensibilizado com a situação (Reli diria traumatizado). Esta lhe deu a relação aberta que queria, mas como a relação aberta teria abertura pra Reli também, virou namoro. A febre e o chiado no peito demoraram a ir embora. Seriam os acontecimentos? Seria o inverno? Seria a gatinha? Com dúvidas mas com receio do que não ia embora, mandou a gatinha pra casa de sua mãe. A mãe de Reli diz que foi o melhor presente que sua filha lhe dera. Reli e Alguem ficaram juntos quatro meses, e por tempo insuficiente não se foram quatro quilos de Reli. Foram-se três. Reli tem a habilidade de atrair "dodóis", e por ter uma sensibilidade mal trabalhada se desestabiliza. Já que era pra perder, perdeu o emprego e consequentemente seu lar. Reli voltou, mais uma vez, pra casa de sua mãe, e lá, decidiu que se ia sobrar dinheiro , a partir de então, viajaria. Fuga. Assim fez. Numa viagem reencontrou um amigo de vinte anos atrás. Reli já vivera um namorico com ele. Nesse encontro relembraram o passado e Reli foi convidada a fazer uma viagem maior com o renascido das cinzas. A idéia não era viajar? Fugir? Reli foi. E se deram tão bem que Reli não voltou mais pra casa de sua mãe a não ser pra pegar suas coisas. Estão juntos até hoje e já faz seis meses. Todo esse relato é pra Reli tentar colocar o andamento da sua vida no papel e assim refletir no porque de nenhum lugar estar bom. Não estava bom em seu apartamento tão almejado. Não estava bom voltar pra casa de sua mãe. Não está bom onde está. Reli já sabe que a resposta se encontra dentro dela e não em lugares diferentes, mas não consegue encontrá-la. Ou será que foge da resposta? Vai ficando onde está, e continua a se sentir apagada. Se sente como a carta do enforcado do tarot: esperando. Esperando a vida tomar uma decisão por ela. Reli sabe que movimento atrai movimento, e que se for em qualquer direção que seja, a vida a colocará no caminho certo. E que se ficar parada nada acontecerá. Mas Reli não consegue se mover. Tem medo que a infelicidade a persiga mais uma vez, e se assim for, prefere ficar onde está. Por enquanto.

19 de ago. de 2009

Paciência

Reli reflete em como é difícil o entendimento entre as partes. Cada um carregado de sua história mas tentando adaptar-se aos quereres de um outro em nome do amor. Será que nos aspectos realmente arraigados, aqueles do inconsciente reprimido, essa adaptação acontece? Reli tem dúvidas. Se você pede pra um outro parar com um comportamento que te incomoda, este outro diz que gosta do tal aspecto, será que isso se resolve sem que um dos dois fique contrariado. Reli sabe que isso é muito fácil em certos acontecimentos, mas o que Reli não sabe é se é possível quando estão envolvidos valores. Reli reflete sobre isso porque já pediu de forma meiga pra seu parceiro não fazer determinado ato. Não é nem nada demais. Ele respondia que gostava meio brincando. Reli ia levando. Mas sempre se esquivando ou dizendo pra parar de uma forma simpática porque seu amor é delicado em relação a "tons" de fala. Até que um belo dia Reli explode em prantos depois de uma sequência de contrariedades em relação ao seu querer. Foi eficaz. Por um tempo. Logo as investidas retornaram. Primeiramente tímidas e aos poucos mais incisivas. Um dia desses Reli foi grosseira pros padrões de seu mancebo. Mas isso aconteceu depois de alguns "paras" e algumas fugidas da situação. A questão é que Reli não quer ser egoísta. Está numa convivência, deseja permanecer nela, então há que se construir um projeto confortável pra ambos. A confusão volta com força: Ele gosta, Reli não. Ele quer, Reli não. Não é grande coisa mas incomoda Reli. Esta já tentou se adaptar e aceitar mas ficava irritada e chegou a chorar desesperadamente. Ele já tentou parar por um tempo mas retornou com o comportamento. Neste exato momento Reli empurra com a barriga. Remedia aqui e ali. Concorda enquanto não sai de si. Já falou; já demonstrou; já chorou; já foi grosseira. Ele já disse que gosta; que é carinho; já parou; mas voltou. Reli reflete neste pequeno problema que muitas vezes espelha um problema maior. Será que sua insatisfação com o ato vem de uma contrariedade maior e mais escondida? Será que se não existisse algo por trás Reli não chegaria a refletir sobre suas dúvidas.

12 de ago. de 2009

Inveja

Reli reflete sobre algo que caiu de para-quedas em sua consciência, embora Reli esteja brincando, porque sabe que nada é por acaso. Percebeu que passou a vida pensando que era ciumenta ou controladora, mas teve um insight que não era nada disso. Reli só não estava fazendo o que queria fazer. Porque não sabia o que queria fazer. Então sentia inveja do outro que estava realizando exatamente o que desejava. Reli se incomoda em admitir "inveja", mas a aceitação é o começo da transformação. Reli costumava reclamar de forma a colocar pra fora sua insatisfação em relação ao outro, mas na verdade era consigo mesma. Por sua vez, o outro, tinha uma situação de prazer estragada no final. Reli reconhecia somente pra si mesmo que não tinha razão porque se sentia muito mal, mas não sabia porque. Sentia culpa. Sentia-se mal por ter transformado um bom momento em chateação sem necessidade. E a relação ia minando por causa desses atos inconscientes. Reli refletiu e descobriu a pólvora. Só que não sabe o que fazer. Reli sabe que se estiver atuando no que gosta, não sentirá inveja do outro. Isso é fácil de perceber. O problema vai um pouco mais além: Reli não sabe ir de encontro do que gosta de fazer pelo simples fato de que não está conectada com o seu querer, com o seu sentir genuíno. Reli viveu a vida fazendo algo quando os outros a chamavam, falando ao telefone quando ligavam, se acostumou a reagir ao invés de agir. E isso se tornou um padrão. E pra mudar esse hábito ou quebrá-lo, Reli terá de se reinventar. Mas a verdade é que nesse momento Reli está bem perdida. Parada no tempo. Cansada de fugir de uma situação pra outra. Já entendeu que não adianta ficar mudando de uma situação pra outra, de uma cidade pra outra e de um relacionamento pra outro que estará fugindo de si mesma quando esse si mesma vai atrás e pede pra ser reconhecido. Fugir a vida inteira será cansativo e improdutivo uma vez que Reli já se deu conta que é fuga. A única saída que Reli está vendo nessa etapa da vida é perseverar, porque se conseguir se escutar, se reconhecer e retornar para o que é original nela mesma, poderá até continuar mudando tudo, mas não porque não deu certo, mas porque deu certo.

10 de ago. de 2009

Padrões

Reli reflete sobre como é difícil mudar certos padrões. Sabemos como queremos ser, entendemos racionalmente o que é certo fazer mas dentro de nós tem um sentimento arraigado que aparece em nossa expressão quando tentamos esconder. Aparece em uma alfinetada discreta, num sorriso amarelo. Reli tenta entender bastante pra mudar, mas se percebe dando voltas e voltas. O ideal seria viver só, mas quem aguenta. De tudo Reli já fez. Vários tipos de terapias, rezas, espiritismo, seichonoie, psicologia, astrologia, tarots e runas e i chings, constelação familiar...E o sentimento continua pulsando. Mas como a vida não para e Reli não aguenta se lamentar por muito tempo, sua nova descoberta é a Yoga. Quem ler essa reflexão pensará que isso não é novidade pra ninguem há tempos. Mas pra Reli é. Pelo menos na nova leitura que reli está tendo. Reli sempre usou pesos pesados, então, essa mudança é radical. Mas Reli mudou radical há 6 meses. Mudou de cidade e casou. Com essas mudanças veio a Yoga. Mas a leitura de Reli está sendo diferente. Reli descobriu que Yoga é mais que um alongamento. è uma meditação. São porturas que alinham os chacras. E com elas a respiração. Como já disse, Reli sempre usou pesos bem pesados, seu corpo é forte mas é bem travado. Reli diria "torto". Fazer essas posturas já é bem difícil pra uma "torta", ficar na postura é quase impossível, ter de respirar é insanidade total, e ainda por cima encontrar um momento de prazer na postura. É loucura. Mas como diz Osho, só uma grande loucura que nos desestabilize pode nos tocar. E Reli se sentiu tocada. Parece que era o seu momento porque Reli já tentou a Yoga anos antes. Reli descobriu que é meditação, porque são tantas ações no corpo pra pensar que é um momento que se passa consigo mesma sem pensar em nada mais que esse alinhar. E melhor. Muito raramente acontece de você fazer uma ação nessas posturas que puxa outra e outra e você por segundos se sente alinhado ou descobre algo novo em seu corpo e ainda respira. São segundos de um vislumbre de algo estranho mas bem bom. E nas leituras se diz que esse momento sem pensar em mais nada é revelador. E Osho diz que se nada deu certo, quem sabe o que não pode ser entendido e toca profundamente dá. Reli reflete ultimamente sobre essa nova porta. Reli não refletira nesse texto sobre as invertidas. Essas merecem um texto só delas.

6 de ago. de 2009

Futuro

Reli reflete sobre como tem sido difíceis esses meses de julho e agosto nessa sua nova vida. A mudança rápida pra outro estado aconteceu cheia de esperanças positivas. As coisas não caminharam tão animadoramente, mas isso não foi motivo pra se abater. O motivo foi sua mãe. Uma culpa por tê-la deixado sem tamanho. Um peso carregado. Será que as mães sempre serão pesos? Será que mesmo depois de mortas? O fato que reli vem refletindo nesse momento é que sua mudança de estado aconteceu para fugir de sua mãe. Um casamento oportuno. Reli havia voltado ano passado mais uma vez pra casa da mãe por não ter tido dinheiro pra se sustentar só. Será que não teve mesmo ou o padrão voltar pra casa da mãe foi repetido? A história é que mais uma vez Reli está refletindo sobre voltar desse novo estado pra casa da mãe. Só que dessa vez Reli começa a pensar que isso possa ser um padrão, e que se não tentar mudar isso, continuará tendo os mesmos resultados. As coisas no novo estado não estão dando muito certo. Nem em trabalho e nem em relacionamento. Mas as coisas nessas áeas no antigo estado também não davam certo....só que eram conhecidas. Mas o que Reli vem pensando é em mudar sua cabeça no sentido de continuar tentando no novo estado, pra tentar dessa vez persistir em algo novo e não voltar pro conhecido em que os resultados também já são conhecidos e não desejados. Será que Reli vai conseguir dessa vez? Nem ela sabe....Mas está tentando com essa nova perspectiva. Isso é um começo diferente. Começos diferentes levam a resultados diferentes. É nisso que Reli reflete nesse momento.