20 de jan. de 2010

Segurança

Reli reflete sobre a segurança. Sentir-se segura. E com o conforto que isso traz. E em muitas vezes ao longo da vida necessitamos abandonar a segurança. Porque não tem jeito.


Reli reflete na segurança disfarçada de amor. Nela disfarçada de posses. Segurança apoiada em passado, em futuro. Segurança essa que muitas vezes segura o que deve ser solto. Reli reflete se são apenas os inseguros que vivem essas inseguranças. Refletindo mais um pouco arrisca que não.

A não segurança deve vir do medo, medo de não segurar. E perder. Mas só se ganha algo se outro algo é deixado pra trás. Só que o algo da segurança é conhecido e o outro é mistério. E, muitas vezes no abismo, recuamos. E muitas vezes não temos outro caminho senão mergulhar. E mesmo que já se saiba por experiências prévias que o desconhecido é o manancial da criatividade, o medo corrói. Reli reflete se o medo não parará de existir se se aceitarem os fatos. Aceitação. Breves férias de um ego. E tudo se torna mais claro.

Então é isso: aceitar a vida com suas nuances. E quando que aceitar será sinônimo de passividade? De não ação na vida? De falta de movimento? E movimento atrai movimento. Em que momento se deve aceitar uma situação? Reli percebe como muitas vezes mudamos o “em torno”, mas levamos protegidamente guardadas nossas questões. E vem a constatação conhecida, vivida e consequentemente obvia que a mudança é dentro. E não há os que dizem que ela pode começar por fora? Então porque não pensar que elas andam juntas? Pensar assim deixa Reli mais segura, embora nem sempre opte por conforto. Porque existe a dúvida que freia. E porque não pensar que se freia, é pra ir mais devagar. O que vem primeiro, o ovo ou a galinha?

O que Reli sabe é que segurança conforta. Como crianças. E em certos momentos devemos abandoná-la. Mas abandonar o “quem” ou o “que” a espelha, porque se segurança apareceu em forma de um outro ou uma situação, é porque já existe dentro. Não há o que temer. Acredite. É só vê-la dentro, porque já está lá. Não se perde.

E o caminho pelas trevas sempre acontece. Reli reflete: até quando?

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