13 de jun. de 2010

O Reality e a Ostra

Reli reflete sobre o Reality e a Ostra. Parece meio “nonsense”, mas no desenrolar encontrará aspectos da realidade de cada um.

Reality precisava de uma mudança estrutural em sua vida para que um de seus planos, fundamental para alavancar tantos outros, desse certo. Reality necessitava focar, e para tanto, deveria diminuir seu ritmo, ou melhor, usar sua energia transbordante de forma a dar continuidade. Não se perder era a rotina a ser seguida.

Ostra passara por algumas transformações e se encontrava bastante ensimesmada. Fatos da vida levaram-na a optar pela paciência de se perceber, de ouvir o seu sentir, de não agir só para se mexer, de se redescobrir e possivelmente se reinventar. Junto a isso havia a intenção de não mais fugir do si mesma fantasiado de progenitora. Seria um período de dar uma nova visão à realidade. Plantar uma nova semente.

Acontece que Reality sempre tivera uma vida agitada. Morara em sítios distantes com suas culturas distintas. Conhecimentos díspares. Muitos amigos. Muitos compromissos. Glamour. Perdições. Vida cigana que com o passar do tempo já deixava a desejar. Falta de regras. Falta de centrar-se em prol de atingir um objetivo.

Ostra também já tinha uma vaga idéia do que não lhe aprazia. Mas por não enxergar um novo caminho à frente sentia-se como num limbo. À espera do que não conseguia sequer imaginar. Estava no mistério. No desconhecido onde o passado não era mais, o presente continha neblina, e o futuro... bom, esse, com tal histórico, melhor lembrar que Deus escreve certo por linhas tortas.

Reality e Ostra se encontraram. E se encantaram. Ostra, a perdida, possuía atributos que reality queria desenvolver para atingir seu intento. Direção ao ritmo. Serenidade. Reality continha de forma exacerbada o que não atraía Ostra neste momento, algo que Ostra sempre procurara ser, fazer, ter, e por isso sentiu-se atraída, mas que não era mais ela. Há muito tempo. A frustração de se ser alguém que almejava ficara pra trás dando lugar à visão do nada.

Espelhos vistos ou não, instalou-se falta de graça, a mesmice, o desiludir-se do entusiasmo. E cada um seguiu seu caminho. Triste à princípio. Algo não foi adiante e isso dói. Mas o desconforto faz parte do agora. O olhar além fará parte do próximo agora. Os porquês fazem parte do porque de cada pessoa. E o aprender é pra quem não quer repetir.

Reli reflete se aprendeu, apenas fez historinha, ou se não é nada disso....

11 de jun. de 2010

Agir

Reli reflete sobre o agir e o reagir. Reflete porque está em dúvida. Grande novidade. Reli se vê numa situação em que se sente tentada a agir.

Há um bom tempo atrás, Reli era uma pessoa que agia, tomava atitudes. Mas o tempo mudou Reli e fez com que ela passasse ao outro extremo, fez com que ela reagisse mais do que outra coisa. Reli continuou a antever o que estava por vir, mas perdeu a coragem de agir em prol do que lhe tinha sido mostrado mesmo vendo mais à frente o que viria a se tornar realidade. Porque o que aflorava em forma de sentimentos tornou-se inseguro, dúbio, e portanto, era rejeitado. E com isso passou a questionar se o que havia visto em seus momentos mais clarividentes era real. E assim viciou seu comportamento em reagir esperando que algo ou alguém tomasse uma atitude já que não tinha mais certeza de seus quereres. E em se estando nesse processo de andar para trás, não mais enxergava. E por isso veio a esperar a ação de fora. O que funciona também. Chega-se ao mesmo fim. Mas fica a sensação de que se perdeu tempo. Embora Reli saiba que foi o tempo necessário pro que poderia ser feito naquele momento de vida. Mas fica a sensação. Uma aflição de que não se teve as rédeas da vida nas mãos mesmo sabendo de antemão o que viria. Ficava a falta de confiança sobre o que se percebia de si mesma. A dúvida que duvidava se seria real o seu insight ou não. Ficava o medo das conseqüências de uma atitude inadequada. Embora Reli também saiba que movimento atrai movimento, e, se nos dispomos a mudar algo, mesmo que seja para o lado errado, a vida se incumbirá de nos colocar na estrada mais adequada só por ver nossa boa intenção em fazer algo achando que era o certo ao invés de não nos movermos. Mas ficava o sabor amargo de amargar tentativas. Tentativas tristes e infrutíferas. Faltas de movimento que atraiam inércia.

Portanto, neste momento, Reli se vê na encruzilhada do agir e do reagir. Acha que deve agir mesmo que erre. Mas está titubeante. Tem medo. Desaprendeu a interpretar o “NÃO”, o “BASTA”, o “JÁ DEU”. Esqueceu-se como é o sentir que escolhe. Reli tem que aprender a andar de novo. Tem que se atualizar. Que constatação!

7 de jun. de 2010

Críticas

Reli reflete sobre críticas. E só reflete porque foi criticada.

Criticar os outros é das coisas mais fáceis que existem. É só ser boa observadora, captar um deslize que já é um julgamento dos fatos, e colocar em palavras como se fosse uma constatação alguma maneira de constranger um outro. Veneno do bom. Reli reflete justamente sobre esse prazer em se destilar esse veneno. Se queres um carma negativo, colher mal estar ou culpa, ou vergonha, ou qualquer sentimento mais tosco, a idéia já foi lançada. É só seguir.

Se desejas algo melhorzinho um pouquinho puxe o freio de mão na próxima vez. Se existir alguns segundos entre o que pensas e falas, refreie o que vem. Parecerá que está deixando passar uma boa chance de ajudar o outro. Ou de machucar o outro. Mas então chegamos ao ponto das decisões: quem quero ser? O que gostaria para mim? O que aprendo com o que sinto ao colocar um muro entre o que penso e falo? Chegará o dia que nem pensarei?

Reli reflete que se houve um incomodo com algo que foi dito é porque de alguma forma o relatado reverberou dentro dela. E se reverberou deixando sensações “IRC” em relação a um outro há que se revirar esse virado. Ou, revidar virando tudo. Decisões. Sempre elas. E voltamos ao quem quero ser.

Reli decidiu a um tempo quem queria ser. Prefere não plantar nada que possa lhe trazer constatações óbvias de que se é levada pelos instintos mais bestiais. E isso faz Reli se achar muito nobre. De uma grandeza... E toda essa boniteza de valores pode chegar a um fim bastante desviado do que se pretende. Ego inflado. Ou seja, Reli reflete em como todos os caminhos podem nos levar aonde queremos ir. Ou não.

Com nós nas idéias Reli parará de refletir. Por hora.