26 de jul. de 2010

Até quando?

Reli Reflete a dúvida de sempre repetirmos o padrão pai/mãe nos relacionamentos. Até quando tentaremos achar um pai/mãe que não tivemos? Até quando teremos de repetir o que foi sentido quando vivido com pai/mãe? Até quando nossa mente nos escravizará e nos prenderá à memória? Até quando nos enganaremos achando que desta vez é diferente porque tudo em volta é tão diverso?

Se o que estiver gravado for desconfortável, porque repetir?

Reli reflete a esperança de talvez ser um movimento de cura realizado pela vida no sentido de resgatarmos em nós algo que ficou marcado como falta. Mas Reli também reflete que o que se vê não corresponde a uma possível libertação. O que é popular são os padrões gravados sendo revividos. Com cenários e figurinos mais exóticos ou menos expressivos que a vivência primitiva, mas com fatores desencadeantes bastante similares.

Um dia mudamos? Um dia crescemos? Amadureceremos?

Tendenciados a querer repetir o prazer e fugir do desprazer, vivemos novamente a trama familiar querendo transformar um possível desconforto em conforto. Então talvez estejamos querendo respostas diferentes com ações iguais. Isso porque nos atraímos pelo que faz sentido gravado em nossas experiências, assim nos encaminhamos em direção às situações e pessoas similares ao que virou hábito no intuito de desencadearmos finalmente desta vez uma realidade transmutada. E seguimos batendo cabeça.

Caso seja medo de viver um resultado significativamente dessemelhante porque o conhecido é triste mas aprendemos a lidar, porque achamos que desejamos o diferente e seguimos reclamando? Reclamações, falta de satisfação e tristeza são formas de nos sentirmos vivos?

Tentar entender não tem ajudado. Chafurdar na lamacenta mente tão pouco. Seguir revivendo o conhecido já cansou.

A ioga diz que primeiro temos de distinguir o que queremos do que não queremos e para isso devemos fazer mais do que não queremos e menos do que julgamos querer. Tudo isso via corpo.

Sem resultados distintos ainda, Reli seguirá refletindo sobre o que vier. Até quando?

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